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Poesias-->O CANTO DO SABIÁ -- 10/07/2004 - 01:04 (Benedito Generoso da Costa) |
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O CANTO DO SABIÁ
Sabiá,
Por que canta tão triste,
Logo já
No romper da aurora,
Sei que chora
Pois já não mais existe,
Como outrora,
Um amor junto a mim.
Foi o fim
E agora persiste
Dor, enfim,
É a dor da saudade,
Que invade
Meu peito e, assim,
Sem piedade,
Aos poucos me mata.
Da ingrata
Que me atraiçoou,
Me maltrata
A triste lembrança,
Não se cansa
Quem um dia amou.;
Tem esperança
De um novo porvir.
Ao ouvir,
Sabiá, o seu canto,
Vou partir
Para longe daqui.;
Se fugi,
Foi pra não mais sentir
Que senti
Dor que me faz sofrer.
Vou morrer
Só por amar demais
E perder
Quem na vida mais quis.;
Ser feliz,
Não chorar nem ter ais,
É o que eu fiz,
Esboçando um sorriso.
É preciso
Que chorando eu digo:
Paraíso
Neste mundo não tem
E também
Não tenho o céu comigo.;
Querer bem...
Foi por isso que errei.
Saberei
Que quem ama demais
É um rei,
Do amor sabe tudo
E, contudo,
Se esquece da lei,
Sobretudo,
De como se amar.
Vou chorar,
Desculpem-me, mas vou.;
Não vai dar
Pra agüentar a barra
Que me agarra
Onde quer que estou.;
Sou cigarra
Que pra não chorar, canta.
Me acalanta,
Sabiá, seu cantar.;
Só me espanta
Porque é tão triste
E persiste
O meu soluçar.;
Dou-lhe alpiste,
Mas pra longe vá.
Sabiá,
Eu sabia de tudo
E acolá
Com você eu estava
E chorava
Por não achar lá
Quem me amava,
Não estando mais cá.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
btenedito.costa@previdencia.gov.br
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