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Poesias-->Dixie, a impossibilidade -- 03/07/2004 - 23:19 (maria da graça ferraz) |
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Dixie- a impossibilidade
mdagraça ferraz
Eu criei Dixie
à minha não imagem
e à minha dessemelhança
Criei-a dando vida
ao que não é espelho
Criei-a ao achar os sons
da palavra desfeita
Criei-a
a partir do que não acredito
para que fosse realmente livre.;
da massa informe do caos, criei-a,
para que fluísse como um rio
Criei-a
Diante do precipício
Diante das forças
ignoradas que aniquilam
Diante das conspirações
que escravizam
Criei Dixie
para que fosse um pássaro
leve, de asas grandes, simples,
brancas, abertas,
e que pudesse voar alto
sobre o mundo dos homens:
sujo e opressivo
Dixie é o impossível,
em mim, humana criatura,
porisso Dixie é perfeita,
macia, verdade, alvura
Criei-a porque precisava
criar uma esperança nova,
uma fé nova, uma beleza nova,
um amor novo, neste país,
à esta exata hora
Dixie é o amor
entre a barra de ferro
e o gás mais nobre da atmosfera
E tudo que é puro como Dixie,
imortaliza-se , sobrevive
Dixie
Meu ideal sublime
O meu desespero
Meu último delírio
Criei Dixie
na noite mais escura
em que perdi o medo
ao compreender que a verdade
é a maior mentira
que tu imaginas
Observei Dixie emergir
com seus pés de conchas,
seus cabelos de mel,
em finas ondas
da angélica música
Ao criar Dixie
Recriei Deus
Porisso peço-vos ,
por mim, por dixie, jamais choreis!
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