LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->PARAGUAÇU - parte 1 -- 07/06/2004 - 17:15 (Marco Antonio Cardoso) |
|
|
| |
E eu adentro o lago-mar.
Sua vulva liquefeita
Me recebe tão tranqüila,
Sente o meu jeito desconfiado,
Enquanto me incita a prosseguir.
A verdura se espraia em todos os lados.
A mata mexe.
É um teiú.
Quem dera fosse meu almoço.
Meti-me nessa aventura
Somente por ouvir falar
Da diamantina que há
Na nascente tão distante.
Para toda essa água
Muito longe estará.
Longe demais para mim.
Eu venho da terra da ganância,
Querendo achar u’a salvação
Para meu coração ansioso.
Uns diamantes arrancados
Do seio da terra invigilante.
Depois vou embora, não volto mais.
Será?
E esse barco, esse barqueiro,
Irá levar-me até a boca
De tanta terra, depois do mar.
Caminhos d’água que vou seguir,
Tropa de mulas, índios e escravos,
Pra me guiar, pra me levar
Até a nascente.
Paraguaçu.
meu e-mail: maanmabe@pop.com.br
meu blog: marcoantoniocardoso.ubbi.com.br |
|