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Poesias-->ao meu muso -- 30/05/2004 - 20:52 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao meu muso

mdagraça ferraz





Fomos fortes!

Permanecemos, em pé,

feridos, diante dos golpes

inexoráveis da vida

Fomos fortes,

tu sabes à que me refiro

Embora o medo,

amamos mais do que devíamos,

e quando submergidos

na sombra e na lama,

mantivemo-nos demais puros

para sermos facilmente aceitos, sem receio,

neste pobre mundo

Colocamos o dedo na caixa escura-

a inviolada caixa- e a mão

saiu metade diamante

e metade carvão



Fomos fortes

Era este o lema.

O estribilho. A flâmula.

Andar sobre folhas mortas,

como jogadores que pisam

cartas de baralho avulsas

Fomos fortes

Soubemo-nos pássaros

presos à nós mesmos,

cujas asas eram as grades

de nossa própria gaiola

Fomos fortes!

Aprendemos a bater

tarde demais

Depois dos outros

A surra amacia e tempera

Depois disto, para que

serviríamos?

Sermos poetas, talvez

Saber que só a morte

salva a vida, reconforta?



Fomos fortes!

Como fomos!

Ao aceitar que nada somos

Exceto uma mão

de cinza e o crepitar do fogo



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