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Poesias-->Transição -- 26/05/2004 - 16:40 (José Mattos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Aspiro sem pressa meu vinho

Como quem bebe uma alma

Emplastram-me logo as feridas

E o anseio se acalma



Estalo a língua na boca

Uma leveza sublime

E as desgraças terrenas

Meus olhos as sepultam todas



Agora, a mim vem as Ninfas

Recém-casadas ou bonecas

Carrego no peito o Nimbo

Na manidestra uma foice

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