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Poesias-->SANTA LUZ E TREVAS DA AFLIÇÃO -- 26/05/2004 - 02:45 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) |
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Dedico: à minha genitora, cujo nome era Santa de Oliveira Souza que, aqui, assinarei o poema com o pseudônimo Santa Souza:
SANTA LUZ E TREVAS DA AFLIÇÃO
Santa Souza
Minha mãe dorme tranqüila.;
o meu pai também descansa,
enquanto eu já fui criança.
Hoje homem ando perdido
atrás das sombras do passado,
acordando rouxinóis na solitária
garganta dos aflitos e agoniados...
Sou o silêncio da substantiva água.
Quisera fazer subir
toda alma que padecer
cada pétala que recolher
do chão fazer brotar
a flor da aflição
só para poder despetalar
a vida nos corações
e o amor somente fluir.
Entretanto, haverão pedras
cruzes, caminhos e mais aflição
no destino uma bifurcação
na proximidade dos corpos
e dos olhos que se encontram
entre a alma que sobe ou desce
e a vida que se gera teia
sem o peso das culpas e dos medos,
das perdas e abandonos.
Ah, por que não se escurece
a sombra dos que se chegam
alegria, dos que vencem
honestamente na troca de folhas
de uma árvore, no rastro
de uma luz que brilha inerte,
quiçá de uma estrela cadente...
De certo, é necessário adormecer
para sonhar fluente
acordar os pés,
para seguir em frente.;
molhar a vida ou a morte
para crescer ou decompor...
No líquido amniótico o suco do céu
no sêmen dos felizes, na luz a Santa aflição
das avenidas, alamedas, ruas, vielas e becos...
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