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Poesias-->SABES -- 25/05/2004 - 14:03 (M a r t i n h o J C B r a n c o ^^^@r 2005) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sabes





Quando

olho para ti,

ou penso fazê-lo,

recordo-te nas palavras,

deixadas na memória e amarelecidas

pelo tempo e pela ausência,

que me sussurravas ao ouvido,

numa voz impressa de afectos



Quando

olho para ti,

ou penso fazê-lo,

revejo-te num velho retrato

que nunca tirei e que, possivelmente,

nunca existiu para nós

a não ser no desejo

de um improvável ensejo

a sós



Quando

olho para ti,

ou penso fazê-lo,

fico num enorme [vazio]

em redor das palavras

que não chego a pronunciar

por terem sido escritas a branco

nas páginas amarrotadas do silêncio

que guardo em segredo



Sinto-me reflexo perdido

no folheio

do livro abandonado

dos velhos tempos de menino



Num gesto de carinho, abraço-te com o olhar







Martinho Branco







[do livro "Nas Terras do Sempre",

Menção Honrosa no PRÉMIO LITERÁRIO AFONSO LOPES VIEIRA 2004

da Câmara Municipal de Leiria - Portugal]











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