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 | Poesias-->POEIRA PASSAGEIRA -- 16/05/2004 - 19:14 (Rose Maura Fleixer) |  |  |  |  |  |
 | Te surges em mim como o vento 
 soprando a poeira que me cega
 
 
 
 Depois te ascenta como poeira que venta
 
 e sujas o que estava limpo e organizado
 
 
 
 Te varro e espano para que sumas
 
 e suspende-te no ar como quem vai ficar
 
 
 
 Abro portas e janelas e abano
 
 determinada a te eliminar
 
 
 
 Sou teimosa como tu e te digo que te vais
 
 porque sei e faço o que sou capaz
 
 
 
 Não te sentarás por muito tempo, te afirmo
 
 sentirás meu mal-querer em te ver
 
 
 
 E nem em minha casa, nem em minha vida,
 
 tampouco em minha alma, te garanto, encontrarás morada.
 
 
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