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Poesias-->poema à Drummond -- 16/05/2004 - 01:29 (maria da graça ferraz) |
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poema à drummond
mdagraça ferraz
Fazer o quê, Zé?
Assobiar. Olhar o pé.
Faça como Maria.
Coloca nesta tua cara
um riso de galé
e rema...
Enrola no teu quadril
uma faixa viva o Brasil
e pula o balé
Mas não deixa escravizar
tua alegria , tua fé
Fazer o quê,né Zé?
É tanta a ira! Tanta loucura!
Faça como Maria
De onde tu estás ,vês o mar
imenso...vasto...
azul pasto...olho largo
que tu téns, oh Zé!
Teu olho é até maior do que
o próprio mar que te circunda
Trazes olho do além mar
Olho que chegou ao porto
Olho que voltou do porto
Olho que morreu
nasceu de novo
Oh, Zé teimoso!
Incompreendido és!
Como também é tua Maria
Mas a festa continua
É a mesma terrinha
insana e inculta
São os mesmo poetas:
estas aves arredias,
asas brancas, bicos sujos,
cegonhas à serviço,
derrubando homens
novos , limpos,
no chão escuro, medonho
É só sonho...
Poeta lavra...Ínútil plantio
no coração vazio
Oh, zé
a triste festa sempre continua!
Pôs Deus.
Maria, o quê mais ponho?
Pois é...
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