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Poesias-->Canção Marginal -- 12/05/2004 - 13:03 (Tereza da Praia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Canção Marginal





Neste dia de tantas homenagens

Tantas palavras, lindas palavras.

Quero fazer uma viagem,

Desfraldar o meu canto,

Com a maior cara de espanto.

Quero louvar a mãe do Pedrinho,

Que esperou 16 anos para pari-lo novamente,

Agora já um adolescente.

Quero louvar a mãe do soldado desconhecido.

Dela, tão conhecido,

Que morreu, Deus sabe onde...

Quero cantar a dignidade e a esperança

Das mães destas crianças,

Que Chico apelidou “meu guiri”,

Que sai no jornal, os olhos cobertos

Com tarja preta, e a mãe com os sonhos abertos,

Alerta: “ele disse que chegava lá!”

Quero louvar , em memória, Zuzu Angel,

Que repousou no fundo do mar,

Por tanto o seu filho amar,

E e buscar a justiça,

num tempo de desemperança.

Em nome dela, louvo todas as mulheres

Que perderam seus filhos, por ação da violência,

Por ação da repressão, do desatino dos ditos humanos.

Nestas incluo as lindas mães da Praça de Mayo,

E as mães da Candelária.

Quero louvar as mães sofridas,

Aquelas que não fogem das brigas,

Pela cotidiana sobrevivência.

Louvo a mãe que seca do filho a lágrima,

O prato derramado pela fome:

Que lhe exige “quero pão”

E ela, só tem a mão para lhe dar.

Quero cantar, um cântico triste,

Louvando a mãe que hoje existe

Fazendo coração das tripas,

Sem presentes, sem claros, sem escuros,

Que queriam seus filhos vivos,

Mas que não sucumbiram à dor.

Fizeram da tristeza um gesto criador.

Estão aí lutando, exigindo justiça e paz.

Quero louvar estas mães que, de tanto chorarem,

Encontram-se com os olhos secos.

E de tanto amarem, matem-se vivas,

Não se tornaram deserto.

Quero louvar as mães, das quais se dizem

Que Deus lhes conhece o holocausto

De seu sofrer, do seu desvelo, do seu claustro,

E sustenta-lhes o ânimo,

Pelo processo maravilhoso,

De sua sabedoria infinita , assim como alimenta

A seiva oculta das árvores benfeitoras.

Quero cantar, um cântico de esperança,

Em louvor das mães palestinas e das judias,

Americanas e iraquianas,

Que vêem quase todo dia

Seus filhos partirem, sem adeus.

Por todas estas mães, rogo as bênçãos de Deus.

Quero enfim cantar todas as mães,

As das calçadas, as das taperas,

As das casas e as dos sobrados,

Porque, como diz o poeta, ninguém merece tanto amor e

amizade,

Poesia e sinceridade.

Ninguém merece tanta alegria e serenidade.









Tereza da praia

Série: Todo sentimento.







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