LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->NINAR DE MAMÃE -- 08/05/2004 - 16:28 (Benedito Generoso da Costa) |
|
|
| |
NINAR DE MAMÃE
Que ternura quando me afagava,
Envolvendo-me no seu regaço,
E mamãe com afeto me dava
Um beijo.;
Um beijo e um abraço.
Como eu sorria, ao contemplar mamãe
Cantar alegre uma melodia.;
Pela canção de ninar embalado,
Logo em seus braços, feliz eu dormia.
Mas um dia , não me lembro quando,
Eu nem tinha sete anos de idade,
Neste dia mamãe me deixando,
Foi embora.;
Foi embora pra eternidade.
Quanto chorei, ao contemplar mamãe
Toda florida em seu negro caixão
E, após beijar as suas mãos geladas,
Caí de joelhos, prostrado no chão.
Quando vi o caixão se fechar
E mamãe esconder-se de mim,
Novamente me pus a chorar
Meu pranto.;
Meu pranto de dor sem fim.
Fiquei imóvel, olhando mamãe
Ir-se afastando de mim, pouco a pouco
E, quando ela escondeu-se na esquina,
Tapei meu rosto e gritei como um louco.
E agora, sozinho no mundo,
Sem destino, vagando ao léu,
Eu procuro a cada segundo
Ver mamãe.;
Ver mamãe surgir no céu.
Vivo esperando que um dia mamãe
Cante pra mim a canção de ninar
E, nos seus braços, fechando meus olhos,
Quero dormir e não mais acordar.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benedito.costa@previdencia.gov.br |
|