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Poesias-->cumplicidade -- 24/04/2004 - 01:27 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu e tu trocávamos

silêncios, lembra-te?

Tu me oferecias os teus :

Curtos. Breves

Eu te dava os meus :

Vastos. Alegres.



E assim permanecemos

durante longos anos

Eram tantos os silêncios

que tínhamos a contar

um para o outro, lembra-te?

Silêncios extraordinários

Silêncios novos

Silêncios improvisados



Lembra-te daquele

silêncio que nos fez sorrir?

E dos silêncios doces

das tardes de primavera,

inebriados de magnólias

e de jasmins?



Lembra-te de que

cometemos os piores

silêncios sem pecado?

E os melhores silêncios

sem recompensa?



Só nos permitíamos falar

quando queríamos

guardar um segredo

Porque segredo é coisa inventada

pelo mundo

Coisa promíscua, feita

para ser dita, vociferada,

distribuída, é o segredo,

esta segunda máscara



Mas o silêncio precioso

era só nosso

porque continha o mistério

maior dentre todos

Lembra-te qual era?

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