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Poesias-->Izabella -- 14/04/2004 - 15:23 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
zero que

tráz,

zero

que leva.

zero de nada

por nada nesta

vida que empeza.



nesta vida

de barro

só encontro

o vesgo

da pedra,

os riscos

de pó

da brita,

que, na multidão

de ar,

solavancam

e fazem

danças.



dançam

o misterioso

ritmo

do acaso:



se der,

se não deu,

não erro:

ela sempre

está

lá.



vida que vai

vida que vem.



sou simples

daqui.



mas

um dia encontro

ela

vestida

de vermelho,

bem da cor

da minha terra.



banhada pelo

leito

de barro

que cobre a

estrada

de pó,

sem muita

paisagem

nem muito ávida.



fui barro

andante,

das horas,

e ânsia

de procura

do tempo.



encontrei

muito pó

e saibro:

cós nas

pedras

rendadas

de argos

gritos.



fui neste

caminho

pra esquecer

dela,

e achei

este cantinho,

todo bruto,

na face da terra.



fui

perseguir

meu tempo

sem revés

e sem vento.



fui tentar

me achar

dentro

das rachas

de pedras

dos pós

de brita.



perto das

áridas

pedras

me achei.



eu era um

pária

de ocasião,

fazendo festa

de tristeza.



onde lá perdi

meu rincão

de flores.



onde

morava

para

sempre

minha pobre

izabella.



foi assim

toda

minha vida.



um dia

ficava com

ela,

noutro,

brigava com

a saudade.



até que

o destino

partiu

com ela,

e me deixou

igual mangas

à revelia

e desbotadas

abanado por

mãos

esquecidas.



mas me encontro,

um dia

eu encontro,

e faço

dela

um novo começo.



se izabella

é de vir,

será flor,

se não for,

apenas

canteiro

sem jasmins

de dor,

no meu jardim

já sem sol.



bem perto:

onde os homens

chamam de

lápide fria,

vazias almas

de algum

deserto.

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