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Poesias-->Cantata das meninas de Bariri (Segredos em uma descrição) -- 11/04/2004 - 16:02 (Isaias Zuza Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Era uma vez tão loucas existirem as garotas de Bariri

que eram quietas, um dia silenciosas, noutro breves

no que desejavam, que quando se davam apenas diziam

palavras que só elas sabiam em ser essência e estranheza

a razão da vida e da morte de tanto silêncio e paixão.



E no que todos viam eram loucas as garotas de Bariri

e eram poucas, na verdade duas, só as que eu vi

mas tão belas eram, tão queridas, que disso ficaram sós

no muito que criaram mito para levarem ao pó mulheres

que nunca mais crianças eu vi belezas iguais àquelas.



Por uma ouvia no fim do baile noturno canções sem haver poemas

e de outra havia ruídos em cada momento como esperando

a festa de um encontro numa tarde qualquer como nada nunca

saber além de devaneios, tão singelos, de tantos segredos,

nem o que tinham a dizer no meio do mundo do que sei delas ter.



Era ela uma viva, dançava e falava quando queria bem

enquanto, bela, a ela outra tinha os olhos profundos

os olhos tristes, olhos vagos de sofrer e latejantes

diferentes daquela não menos bela do que esta ela

e nada diziam o que eles queriam da menina dona.



Pareciam seus modos que vinham de segredo assim

guardando tudo o que não tinha o resto do mundo

pelo que amor não era o que deixavam para trás

pois que carregavam consigo seus amantes desconhecidos

menos o amor dos viajantes sequiosos de seus saberes.



Qual saber saberá dizer da consciência de suas loucuras

e qual dizer dirá saber da loucura das consciências

das meninas de Bariri fingindo papel ou provocando

das fantasias o segredo da virgindade que ninguém sabia

coisa verdadeira, sentimento falso, ou beleza que queriam?



Que mistério rondava os sonhos de homens e mulheres

e quais mulheres e quais homens sabiam ser apenas sonho

a dura realidade que tinham na carne e no osso da terra

uma vez vista nos sorrisos quando choravam pelos seus dias

acontecendo sempre por solidão que de si mesmas faziam?



Depois da fuga dos dias, que não voltam passo um só mais

a presença delas morreu na procissão de todas as crenças

que sabiam ter de Deus um corpo e um beijo na boca, meninas

tão belas que eram, tão simples, secretas, loucas as duas

em querer tudo passar, vencer e fugir Heloísa e Isabela.

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