“Como vem de mesma essência e intensidade a dois seres um só querer num mesmo ponto e mesmo instante saber que o amor de um é ter do outro e do outro o amor seu? Como saber do outro o querer bem.; qual mexer de olhos, qual passar palavras faz saber do ser amado o amor que se tem? Eu preciso descobrir para te logo desejar ou, enfim, esquecer.”
Depois que eu descobrir da ciência a matéria
qual forma junto a Deus a magia pagã
das cartas, e das estrelas, e aquilo que
ninguém mesmo sabe mirando olhos e mãos,
talvez se faça ouvir o galo, se faça a peleja
mais forte, e a vontade maior, e o caminho
mais duro, mas os dias mais próximos, e,
os dias, mais organismos e menos números.
Só depois de medir à régua, perceber tempo
e espaço, guiar o movimento ao gesto de um
trem em um ponto de dizer adeus e deixar
saudades e outro, que é de esperar e abrir
os braços, eu penso ser possível a partir
dos olhos ter referência qual vai na distância
ver em meu silêncio e gesto parado, o mesmo
longe de ir embora, ponto de esquecer e ir
embora, como quem conta velocidades e massas.
Completado o segmento que conduz ao traço e
fecha o círculo, tudo é explosão e impulso.;
nada deixa de ser função nos humanos corpos,
química e respiração do conteúdo da poeira
a união das leis da física com o dedo de Deus.;
só o desacompanhar da nuvem será certo aos
saberes da matéria dos que se desejam na pele,
e no osso, na carne dos anjos.; e nos dia o mal...