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Poesias-->Filosofia da composição -- 08/04/2004 - 21:48 (Isaias Zuza Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




A soma de todas as letras resulta em número

desconhecido e perpétuo, longínquo e frágil.



Nunca ninguém soube respoder, sem divergir

de outro alguém, que sinal completa o que falta.



Nos bancos dos ônibus, nas bibliotecas, divãs,

duas pessoas conversam.; amigos, eles se amam.



Eles se perguntam sobre o que compõe a pedra

e a fumaça na veia do trovão que causa o frio.



O ventre gela, e os olhos se concentram muito.;

um, nela é vida.; outro, nele, de querer bem vela.



É minério, é vegetal, parte de animal, qual coisa

de explosão do universo, a formação da nossa vida.



Difícil à vida humana é compreender dentro de nós

o que sai para a parte em amado ser pouco nos dar.



O que produz o corpo além da sujeira, dos excessos,

dos líquidos, e matéria de vida, é essência diferente.



O amor é coisa de procurar aos pertos, aos solitários,

nunca aos que não podem ver os olhos, que estes morrem.



Já de quem sigo num caminho perpétuo desejo saber

se a existência é a mesma em músculo e em comoção.



E só isso quero concluir da vida: se é da mesma veia,

de mesma sorte, o que junta os ossos e junta os amantes.



Ainda que eu não sejamos da mesma raíz de números,

e nomes, pode-se calcular, pode-se chamar, até a morte....



Quando se não mais existe talvez se perca a lógica mais

indizível do amor: como se concretiza unir os amados



– Uns dizem que são sorrisos, outros dizem dos toques,

e lembram outros dos medos, afora os olhos, e medos...



Há quem lembre da pura declaração, da loucura, e mesmo

faça parte da tristeza e da morte o sentir de amor o outro –



Mas sentir não basta, faça a que força seja seu pertencer,

um amor se encontra amor no outro quando neste assim dito.



E assim percebido, e feito claramente, e provocado por

quê não se vê, é sentido num beijo pela matéria da boca.



E a matéria da boca sente a matéria dos braços, e destes

a das pernas, dos pés, e a matéria dos pés, a matéria dos cios.



E ainda haja, depois de tudo isso mais vontade de amar

matéria de cabelos, troncos, colos e ventres – é amor se assim for.



Isso é o que faz de mesma parecença e composição

corpo e emoção, produtor e produção, palavra e amor.



E só, descoberta de que o que move os braços ao ser

amado move o amor seu aos braços do ser amante.

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