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Poesias-->Condição (O filme dos dias) -- 08/04/2004 - 21:43 (Isaias Zuza Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Reflexão:

“Só o passado nos dirá quem realmente somos”



O tempo mata. O tempo mata o querer

e mata a fúria, a lentidão, e o espaço,

o tempo mata os números, o tempo

mata a saudade, mata o que é constante.



O tempo mata o que é comum e o que

não pode fugir do caos de Deus, o tempo

mata o que é nosso em potencial, e os dias,

e os encontros, e o futuro. O tempo mata.



E morrem o humor, o jardim com paisagens,

gente passando, o quadro figurando menina,

e morrem as danças, os senhores, com suas

senhoras, com suas crianças. O tempo mata.



Morre mais. Morrem as visitas diárias, festas e

eu.; eu morro mais – há quem morra menos? –

eu mato todas as coisas.; e levo comigo

amores, horas, os dias comigo... e mato você...



A falsidade não é o passado, mas o presente.

É tempo de transformar-se, e o que os olhos

viram, e compreenderam, e o que os olhos

queimaram, morreu. Os velhos viveram como nós vivemos.



A matéria das estrelas caiu no fôlego humano.

O brilho que vemos é de tanto tempo, que elas

também morrem, e a luz fica aos muitos tempos,

como há as pessoas. Os velhos morreram como nós morreremos.



E juntou-se tudo, dentro do círculo o frio,

e o calor.; missão, lágrimas, sentires.;

uniu-se o jardim à gente, e as fotografias,

nossas mortes, pedidos, procuras, nossas

danças e acasos.; filhos esposas, maridos.



A morte é a solidão.

A saudade é ver o presente.

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