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Poesias-->Confissão -- 06/04/2004 - 00:50 (Rogério Penna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Confesso, para o bem da consciência

Que quis deixar de vê-la, simplesmente

Porque em seus olhos moram a doença

Da qual perecerei de tão doente.



Sem ter-me nesse amor correspondido,

Feria a chaga não cicatrizada.;

Sofria novamente o já sofrido,

A cruz tornava sempre renovada.



E eu, que não sou Deus, em vão sangrava

Do amor, vivo demais para a mortalha

Embora tão distante para a vida,



Que não morria e nunca me matava.

Confesso, afastei-me da batalha

Que antes de existir já foi perdida.





Rogério Penna

ABR/04
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