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Poesias-->Cotidiano -- 18/10/2000 - 22:55 (Sonia Regina Pedroso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando vou, permaneço.

Assento-me ao teu lado direito

e certamente não te dou um minuto de espaço.

Sem controle, concretizo teu corpo,

teu cheiro quente e teu hálito.

Sem notar, me vejo sorrindo, te afagando,

cantando bem baixo no teu ouvido.

Sem perceber, troco de roupa,

te conto a última notícia

e leio alto o teu horóscopo.

Sem querer, xingo porque não apagaste a luz

e deixaste a torneira a pingar.

Sem enxergar, me viro na cama,

te abraço e te chamo de meu amor.

Por querer, sempre que vou,

levo você comigo.
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