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Poesias-->Paixão -- 17/10/2000 - 17:08 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Das poucas que não sei fazer é paixão

Pouca, porque não sei se existe,

E se existe às vezes passa longe

como um vento ameno que ruboriza a tez



Não sei alcançá-la porque ela é leve, mas atroz.

Leve como uma pluma que dança ao vento,

Atroz porque quando suas portas se abrem

Poucas lá são as saídas.



Tenho lá medo de suas garras,

medo de criança quando vê possíveis fantasmas,

medo de gente grande quando sente suas âncoras

ficarem em seu corpo numa paixão tão

coerente como a sombra da lua.



E pobre de você se nessa água

não souber ao menos gritar.



A paixão avança, como valentes guerreiros

imberbes, que se preparam à guerra volátil,

Prontos para invadir fortalezas,rompantes

de vidro que ao sopro ameno se estilhaça

e te faz escravo de alguma coisa e de alguém.



Paixão é coisa forte. Paixão foi feita para ser vivida

nunca para ser descrita. Não há palavras que a julguem.



Mas há sempre lágrimas a contar.



Mas demasiados sentimentos a atormentam

como um sol cáustico que queima

e faz adormecer os que não a esperam.



Não sei por isso falar de paixão,

É tão poderosa e tão frágil que

suas pontas se duelam numa batalha

que nunca termina.



Não sei falar de paixão porque tenho medo,

Não sei precisar exatamente onde fica

Na minha extremidade de dor

ou na ponta de minha angústia.



E se tudo nela é perigoso

depois de feita e composta

vira sonho e apanágio,

vovê vira guerreiro sem nunca

ter tocado numa frame espada.;

Vira estrela formosa, se transforma em sóis perdidos

em vários mundos que no fundo,

bem lá no fundo, é apenas uma coisa:

você e ela.



E num tempo de cem anos

você vira uma criança de três ânsias.



Paixão é tão complicado como é simples

questão de ânsia particular.



Mas jamais registrada é

em qualquer cartório da vida. Pois

data não tem nem para nascer ou morrer.;

seu único registro é quem nela viveu.



E tem uma certa hora, hora e meia, até

sem hora certa, que a paixão vira tema

de você mesmo: um retrato esfumaçado

na parede granil e

jamais você poderá descrevê-la, apenas ouvi-la,

ou por ela chorar.







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