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Poesias-->Propósito -- 27/01/2004 - 18:19 (REINALDO LUIZ DA SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Empurrou a mão fechada

na cara do irmão de sangue.



fugiu do sério

em delirio aéreo.

e nem sabia o que fazia.



era cedo de mais para dormir

então, não parou,

foi burrada atrás de burrada



acelerou na calçada

acertou o ansião,

parou e deu ré

olha no retrovisor e sorriu



monstro com cara de gente

suava o frio do seu sangue aguado

pela coca que ele não bebeu.



aspirava o ódio estúpido

delirava a cólera fatidica

freado pelo muro de concreto

fechado no caxão de madeira



descansou pela eternidade

viajou definitivamente

de propósito.







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