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Poesias-->CAFÉ COM POESIA -- 22/01/2004 - 09:41 (débora cristina denadai) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


(Café com Poesias – Brasília/DF, 22/1/2004, 20.; 30h)



Sentada à mesa do café,

vejo a mim mesma numa sala de cinema,

minha vida passando por mim

e findando em forma de poema.

Sentada, os olhos a ver

aquilo que não acontece.

O que passa por mim, custo a crer,

sem que eu deseje, vem:

amanhece, anoitece, acontece.

Diante de mim, a chama da vela dança

e me convida a acompanhá-la

em seu baile tão singular.

Uma lágrima, teimosa, entala,

como a tentar me lembrar

das coisas dentro da mala...

Ainda que olhe, não vejo.

O que vejo, não estou a olhar.

Ainda que escute, não falo.

Sequer ouço os carros a passar.

Sinto-me um pouco sozinha.

Não é uma solidão da doída,

que como erva daninha

cresce teimosa, atrevida,

mesmo em meio à multidão.

É só um pensar-se, um ver a si mesmo,

passear por dentro, buscando a esmo,

um sentido, um motivo, razão

para o que, já se sabe,

não existe explicação.

Retorno à mesa do bar.

Foi-se a sessão de cinema.

Termina-se este pensar

Como termina o poema.

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