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Poesias-->Perdão -- 15/01/2004 - 08:47 (Roberto Cursino de Moura) |
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Dragão é o que és!
O forno das tuas paixões
Alimentou-se
De minha carne
Enquanto te apeteci!
Satisfeito,
Com arrotos de labaredas,
Tu lançaste ao lixo
Os restos de mim.
Eu - que tolice! -
Alimentei-me da ilusão
De acreditar que me amavas.;
Vivi intensamente
Uma paixão de mentira.
Sem ter teu amor,
Dei-te o que não recebi.
Com as tuas pequenas mentiras
Construí castelos sem base,
Oníricos palacetes,
Alcovas
Sutis.
Visitei estrelas brilhantes,
Planetas distantes,
Luas, naves,
Espaço sem fim,
Sem nunca ter saído
Do meu castelo de mentiras.
Quando me deixaste,
O meu sonho acabou,
O chão me faltou,
O castelo ruiu.
Fiquei
só!
Então eu soube
Dos enganos que sofri,
Das farsas do teu amor.
Só então percebi
Que seus risos eram "de mim"
E não "para mim".
Das minhas quimeras
Só restou o desencanto.;
Do meu calor
Restou uma tristeza morna,
Uma brasa fria,
Mas ainda com vida.
A gélida solidão
Que enrijece os corpos
E amolece os corações
Me fez refletir.
Dragãozinho, eu te perdôo
Eu quero de novo alçar este vôo,
Aquecer-me no teu amor vulcânico.;
Eu quero de novo queimar feito lenha
Na fogueira das tuas paixões.;
Eu quero de novo ser teu alimento,
Te ver satisfeito, arrotando fogo
e soltando fumaça!
Vem! Dragãozinho, volta!
rcursinomoura@yahoo.com.br |
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