LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Soneto -- 14/01/2004 - 23:39 (Lucas Tenório) |
|
|
| |
Há um soneto que se espalha da minha mão.
Dilacera meus sentidos, machuca-me.
Soneto que maltrata, cicatriza-me.
Há um soneto que se faz anfitrião
Do cárcere. E quando apronta
minha alma esquálida e vazia,
Esse soneto assim se pronuncia:
"Para ter-te presa já estás pronta".
Mas para que falar da alma, se o soneto
Quer meu coração cindido em tantas partes
Quantas forem as visões do intento
Que o seu corpo de versos pontua.
Há um soneto que me leva para a morte,
Pensando que minh alma será sua.
|
|