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Poesias-->O segundo nome do sonho -- 09/02/2003 - 10:00 (Paulo Bruekers Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na corrosão cardiovascular

Achei tuas iniciais,

No coágulo da solidão

Senti sua natureza mais perto,

E outro nome soou.



Que nomes dariam forma ao pecado?

Que pecado seria julgado e absorvido

Por teus lábios?



Uma dentada em pele sensível

Dura na carne do tempo

E aroma um calor

E aroma um gemido

E sussurra na torção de um beiço



Quatro mãos tocam as minhas

E apertam

São quatro palmas inúteis

Contra a perfeição escultural do círculo

Até que tantos dedos suados, suaves

Debruçam no meu peito



E estes olhos que não param?

Por que olham para baixo

Se me sinto tão alto?



Olham por quererem a si mesmos

Na dança das pernas fêmeas



Gotejam lágrimas

Enfurece-me, me revigoram os testículos

E saber que teus pensamentos

Excluem-me da fantasia

Fantasia das línguas e lábios

E eu, sozinho, na mortalha de idéias

Sentia a beleza dupla de um amor

Que eu não pertencia



Eu participava do segundo nome do sonho

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