Amo a rua,
onde a gota de sereno
pudicamente cai
nua.
Amo a rua,
que pelos cantos
manchados sua.
Amo a rua,
que concentra
transeuntes
morenos de peles
cruas.
Amo a rua,
os faróis e
as faixas,
que projetam
reflexos cor
da lua.
Amo a rua,
que deixou de ser
menina e virou
senhora,
que avança lépida
e nunca recua. |