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Poesias-->machado de prata -- 25/12/2003 - 23:06 (maria da graça ferraz) |
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Machado de prata
gracias a la vida
Mas não tem nada não
Terei direito à cura
Talvez, até, contemplar, entre árvores,
o rosto desmanchado
de uma sombra bela e rajada
de verde-branco
Mas não tem nada não
Haverá o amor, tarde chegado,
ainda que irreconhecido,
com suas pernas longas e alvas,
prontas ao salto e à fuga
Mas não tem nada não
A ferida fecha-se
como uma flor tímida
O sangue é azul bonito
e evapora lentamente
seu destino triste
Mas não tem nada não
Os golpes às costas
já não me machucam
e já nada mais recolhem
do que não posso doar
Hoje, abre-se um novo sol
nos mesmos dias
A luz senão beija,
lambe e queima
Mas não tem nada não
Para gente como eu
toda esperança dá à noite
também filha de Deus
e brilha seu braço
como um machado de prata
que já não corta
Refulge asas - Depõe armas
Apenas orna
arte por sara fuentes
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