|     
				| LEGENDAS |  | ( 
					 * )- 
					Texto com Registro de Direito Autoral ) |  | ( 
					 ! )- 
					Texto com Comentários |      |   | 
	|
 | Poesias-->MORADA -- 11/10/2000 - 20:02 (Lílian Maial) |  |  |  |  |  |
 | MORADA 
 
 
 
 
 Das janelas abertas, onde pássaros treinam seu canto,
 
 Por onde passeiam flores, nuvens e tempo,
 
 Já habitaram, outrora, sonhos e planos,
 
 Despejadas nas asas velozes do pensamento.
 
 
 
 Nessas paredes caiadas de ilusão,
 
 Sem a plenitude da razão e do desafio,
 
 Tentativas frustras de chorar em vão,
 
 Quando não existe nem mobília, nem vazio.
 
 
 
 A presença sólida em cada simples cômodo
 
 Impede o caminhar rumo à felicidade
 
 Pois não há tornado, furacão, qualquer fenômeno
 
 Que consiga destelhar essa saudade.
 
 
 
 Enquanto o peito bate na tristeza de um soluço
 
 O coração, porta de entrada,  bombeia a mágoa e o desejo
 
 Em ritmo de canção, melodia de arcanjos e bruxos,
 
 Os olhos cerram as chances de esquecer teu beijo.
 
 
 
 Lílian Maial
 
 Rio, 10/10/00.
 
 
 | 
 |