Pássaros metálicos e negros corcéis nas insônias do homem.
Há quem tente retê-los, mas em vão. Antes da aurora, eles sempre declinam na sétima lua.
2.
Quando a noite sobe para o festival dos sonhos, pássaros e corcéis navegam em carruagens etéreas, até à colina onde cantam no coral da meia-noite.
E o homem insone se estressa na demanda do Infinito, enquanto o céu se ajoelha para louvar a obra monumental da Criação.
3.
Há quem chore por não arrimar, nas mãos crespas, a ventura inconsciente da primeira infância. E há os que temem o futuro, por terem amado o ouro mas perdido o denário da última hora.
4.
Mas a Eternidade sempre gera premissas para insones e despertos, na vinha do Senhor. Até para pássaros e cavalos em desfile nas insônias do homem.