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Poesias-->fim de tarde -- 01/12/2003 - 01:37 (maria da graça ferraz) |
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fim de tarde
gracias a la vida
Diante deste rio
fino raquítico-
fio de água que corre
como uma lágrima
por entre o mato
fechado do cerrado,
eu aqui sentada,
bebendo mate,
todo fim de tarde
E a mente viaja
" Há como eu sair viva
da minha vida?"
São tantos problemas,
dúvidas, desavisos
Lembro o rei
de Alice Maravilha
" Comece pelo início
e ao chegar ao fim, pare"
As coisas são cruelmente óbvias
nos finais das tardes?
E o corpo espreguiça e ressona,
ainda que tarde,
a vida pode ser boa!
Diante das paisagens
secas, inalteráveis,
que se sucedem
como um filme longo,
que se repete:
eu
aquele riozinho,
o sono,
este poema aqui ?
um desencontro
um dejá-vu
ponto
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