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Poesias-->os jardins de minha deusa -- 01/12/2003 - 01:27 (maria da graça ferraz) |
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Os jardins da minha deusa
gracias a la vida
Os jardins de minha mãe
tinham forma de pera
e cheiro de canela
O matinho cuidado
verde amarelo
As folhagens
Os canteiros de rosas,
lilases e tílias
O banquinho decorativo
que ninguém sentava
Um céu baixo vivo atrevido
A cerca de moirões em fila
A casa modesta
A porta sempre aberta
ainda espera por ela
Os jardins de minha mãe
onde eu me escondia
pensando-me passarinho
Como pude, um dia,
ser tão menina!
Ah estes tempos,
deviam ser proibidos!
E até hoje, se desavisada,
eu colho uma flor,
ouve-se um som belo,
de um invisível teclado
Mãe, tu não foste,
tu nunca irás,
estarás sempre indo,
estarás sempre chegando,
deixaste teu piano colorido
como um abrigo para teus filhos,
À cada flor, uma dor ,
dois sustos e três passinhos
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