...E não ter aonde ir.
Eu queria pelo ao menos conversar
ouvir, sorrir, cantar...
Mas o destino é cruel
Me levou ao mundo dos imortais,
Ninguém me esculta.
Eu chamo, eu grito, e ninguém me esculta...
Ao longe, apenas o eco me responde
Uma voz explode dentro de mim,
ainda é a minha voz gritando
o seu nome...
Nesse universo infindo, encontro o leito para o meu corpo...
São os espinhos, calçados para os meus pés,
Uma voz fina, um grito, é o meu silêncio...
O imenso vão, é a minha existência...
Se pelo ao menos houvese aonde ir...
Nessa hora, um vão de luz me consome,
Uma transformação das cinzas,
A remontagem do meu ser, a unção
de dois corpos em uma única alma...
O tempo já não importa mais,
O espaço, o perfume, a sensibilidade das coisas,
Nada faz sentido...
O desejo, o sentir, o sabor do seu beijo,
nesse instante me apoiam e me deleitam na cama
do silêncio...
Que os ventos soprem e me conduzam.;
Que as estrelas enxuguem as minhas lágrimas.;
E minha amada e meu peixe respirem o puro ar
das lindas flores dos campos e,
em silêncio chame o meu nome...
E de longe, por entre as nuvens do destino
hei de ouvi-los e suavemente sem responder
hei de sorrir... sorrir como outrora sorrimos.
Ahh...!!! minhas palavras agora se quer consigo parar.;
Tão boas são as coisas da vida!!!
Se pelo ao menos conseguisse respirar...
Respirar de leve, como aqueles dias,
Nós dois sob o lençol e entre os braços...
Minhas lágrimas enxugaria no rosto de sua face,
e eternamente que sois, seria ainda a minha mulher amada, a minha deusa...
Um sorriso de volta ao meu peixe mandaria...
Chutar a bola e abraçar novamente,
Correr com a thana lado a lado.;
O café juntos tomariamos...
Nada disso, se quer eu posso lembrar,
O tempo não importa mais,
Serei nesse momento, somente esse momento.;
Nada mais...
Os seus lábios em mim ainda sinto...
Nem o verde das folhas nos separam...
Estou sozinho e o silêncio me consome.
Ao amor daqueles que sempre amaram
Aqui fica um eterno abraço
E minhas saudações...
A sua existência é a parte presente de mim...
|