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| Poesias-->Hei-de rir-me! -- 29/11/2003 - 21:47 (MARIA PETRONILHO) |
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Quando eu morrer
e encontrarem os meus escritos.
Hão-de rir, bailar, dar gritos!
Que me importa?!
Estarei fechada na terra,
salva enfim, segura, eterna,
a erva acrescer sobre mim...
Ninguém soltará uma gota
dos olhos que olhares me deitam
de viés, de estranhos, de jeito
como a chamar-me louca...
e eu deixo!
Finalmente estarei a salvo
no meu caixão bem fechado.
que riam, que falem...
deixá-lo!
há-de rir-se o meu cadáver,
hei-de eu rir-me de vocês!
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