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Poesias-->DE MÃOS DADAS -- 24/11/2003 - 19:42 (Cleide Yamamoto) |
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DE MÃOS DADAS
Meu despertar não é com o canto do pássaro,
nem tão pouco com o relógio tocando,
meu despertar é com o teu chamado
Querendo-me ao teu lado.
Como se fosse um ritual
tudo é sempre muito igual.
Sua mão passa em meu rosto,
desejando-me Bom dia com um beijo carinhoso.
E logo vem a pergunta:
Dormiu bem minha filha?
A janela então é aberta onde o sol nos saúda
e nos acompanha ao longo do dia.
O café da manhã é sempre em sua
gostosa companhia
Hora que me vê mais tranqüila
e quando a nossa prosa é estendida.
No restante do dia, vejo-o pela casa,
em seus passos curtos, apoiando-se a uma bengala.
Ora quieto e pensativo, ora atento a tudo.
No decorrer do dia, trocamos breves mensagens,
que a mim são lições de vida.
Por vezes lembra-se que é meu pai
chamando-me a atenção, dizendo-me:
Não corra! Qualquer hora há de cair pela casa,
já não tem mais idade para tal peraltice,
menina levada!
Como todo idoso, segue horários rígidos,
tudo tem sua hora certa
E sua hora predileta, é quando ao meu lado
Mata a saudade das músicas de sua época,
escolhidas com todo o cuidado,
pelo seu amigo da Internet.
Agora! Pai querido, ficará ausente por uns dias,
sentirei grande saudade de tê-lo aqui em meu convívio, mas tenho grande fé que voltará em breve, mostrando a sua força e coragem.
Pois bem sabe, que todos e sua levada menina, estarão a sua espera.
Que Deus o acompanhe e o proteja!
Que seja breve o seu regresso,
trazendo de volta alegria a esta casa.
Cleide Yamamoto.
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