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Poesias-->A PORTA -- 10/11/2003 - 13:02 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A PORTA



Elane Tomich



Não me olhe com olhos de espanto

Ao abrir do leque, a trágica

Correografia da bruma

De olhos me dissolvendo.

Semicerrados, sem brilho

Estarão mais de acordo

Com meus novos sapatos e seguir .

Ontem não me arriscaria

Supor que abriria a porta.

Não me olhe com olhos de espanto.

Da farsa da falsa lágrima

Turvando-me em coisa nenhuma

Pois que estou me recebendo

Estendendo em sorriso, o trilho

Seguindo a subida à bordo

Nesta nave só de ir.

Na baú levo a antologia

Do diferencial, que me importa.







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