Usina de Letras
Usina de Letras
19 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63256 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10688)
Erótico (13593)
Frases (51774)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4953)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141315)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6357)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->6. VERSOS ZOMBETEIROS -- 03/11/2003 - 09:03 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A defesa deste irmão,

Que não tem dado trabalho,

Fazemos de coração:

É madeira para entalho.



Já chega de sutilezas,

Doutra forma me embaralho.

Deixemos de profundezas:

Belo terno em seu bom talho.



Choraminga este escrevente

Do que ele chama retalho,

Acusando minha gente

De só servir de espantalho.



Pois vou dizer-lhe somente,

Entrando por um atalho,

Que não espere da gente

Muito tempero: só alho.



Que rima mais insistente:

Desse recurso eu me valho,

P’ra tornar mais consistente

O poder deste meu ralho.



Sinto muito, bom amigo,

Se insistimos neste malho.;

Mas, se for brigar comigo,

O sino eu já não bimbalho.



Só vou experimentando,

Para ver onde é que encalho,

Neste som pouco nefando,

Quando rima com orvalho.



Se você está cansado,

Encostado no carvalho,

Procure mudar de lado:

Neste conselho não falho.



Não vá pensar que tão logo

Quebraremos o seu galho.;

Dessa maneira é que jogo

As rimas que cedo espalho.



Não fazemos exercícios

Nesta espécie de assoalho,

Pois rimar é um dos vícios

Que soam como chocalho.



Não vá pensar que esgotei

Todos os termos em “-alho”.;

Já que vexame não dei:

Tão cedo não me atrapalho.



A pedido do escrevente,

Que em tudo vê rebotalho,

Eu vou parar, finalmente,

E voltar ao meu trabalho.



Bem certo como, na vida,

Há dias maus e felizes,

A turma está comovida:

A rima lança raízes.



Por isso, caro escrevente,

Não fique a ralhar co’a gente

E não seja indiferente,

Por não sermos grandiosos.;

Qualquer hora, conseguimos

Chegar dos versos nos imos

Como dos montes nos cimos,

Usando termos preciosos.



P’ra isso, será preciso

Que criemos mais juízo,

Não perdendo o paraíso,

Evitando uma desgraça.;

Deliberando firmar

O desejo de voar,

Como as aves pelo ar,

A rimar com muita graça.



Está bem curto o exercício,

Nesta tarde mui fagueira.;

É que é fortíssimo o indício

Duma grande brincadeira.



Mas, antes que o nosso amigo,

Se separe desta mesa,

Ralhando muito comigo,

Vou lhe deixar a certeza

Que com você eu não brigo,

Pois a vida é uma beleza,

Principalmente se vem

Cheia de amor e de bem.



Só vamos agradecer

A quem tem sido gentil,

Não deixando de fazer

Uma prece varonil,

P’ra demonstrar bem-querer

Aos amigos do Brasil.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui