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Poesias-->ainda doeu -- 02/11/2003 - 23:07 (maria da graça ferraz) |
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Ainda doeu
mdagraça ferraz
Vão longe os dias
em que eu corria
na morada do Amor
A mão cheia
de notas de música
que ardiam como chamas
A face iluminada
de várias cores
Vão longe os dias
na casa do Amor
E cada janela lavada,
ainda guarda
a marca de meus beijos
Lábios afastados
Esfregados
Beijo que se esfacela
Ávido! Partido!
Beijo que ainda beija
o beijo beija
Vão longe os dias
no casario do Amor
Guirlanda de flores
miúdas brancas prêsas
à grande porta
em forma de pera
que se fechou
Mas cada janela
ainda sabe do meu beijo
rachado de frio, de medo
Ao abrir-se
A boca não mordeu. Beijou.
Ainda "doeu"...Ainda me doeu...
Vão longe os dias
quando o Amor não feria
E eu nem sabia o que ele era
E o Amor nem conhecia quem era eu
E um louco nos sonhava
Vão longe os dias na casa do amor
E hoje a poesia
inventa as piedosas mentiras
para a Alma banida
que solitária, cumpre o exílio,
porque quando parti,
e quando me partiram:
Eu e mim,
beijei, chorei, Oh Deus,
sei, sou, é, dói, mi ,sol,
pela eternidade, ainda Doeu!
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