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Poesias-->Corpo de Perfume -- 25/09/2003 - 10:20 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tirei um tempo,

tempo meio azedo,

prá lembrar de você,

foi uma coisa de nada,

e já passou o medo.



Lembrei de seu

perfume,

gasto em mim

centenas de vezes,

prá no fim ver tudo

morrer...

morrer no ar

no ar úmido

dos vagalumes.



Não era prá ser

uma história,

história triste.



Mas, de repente,

a vida em riste

me levou pro seu lado

e, eu, de vago à sozinho,

chorei baixinho.



Lembro que

perdi seu mundo

e ganhei só um

lenço de perfume.



Sabe, moça,

se te ama

e ama alguém,

presentei

seu corpo

molhado e

perfumado

a quem ama.



Ele lembrará,

de vivo à mortal,

que um dia,

foi ganho de

dádivas e

foram feitos

de aragem do amor,

e com o brando

sôpro

de sua vida.

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