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Poesias-->sede de mim -- 24/09/2003 - 13:10 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
espaço, centro de luz e verso,

teu olhar às vezes penetra a escuridão

de onde aquele amor ainda escorre algo

mas é sempre perigoso ter mãos que

apalpam o vento, ou o fogo que queima

teus peitos e lábios sedentos de mim.



parênteses de gozo e passos dados no infinito

vê-se que hoje somos loucos, ontem somos

velhos, amanhã somos passados.



eu quero ainda inventar teu espasmo oculto

que revolve-se no chão em últimos suspiros

nada dessa noite, enfim, restará,

e nossos corpos poderão descansar

dos embates cujo vencedor o nome

o vento leva, e leva-nos pra onde o tempo inexiste...

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