LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->PATÉTICO -- 19/09/2003 - 07:50 (Marco Antonio Cardoso) |
|
|
| |
Uma vez me disseram que eu era patético,
E não tão poético como podia achar.
Poderia até mesmo ficar apopléctico,
Quem sabe, cataléptico, sem sair do lugar.
Mas pateticamente eu protestei,
Dei um murro na mesa, me estressei,
Pois naquele momento o que eu falei,
Tanta indelicadeza, sim, eu sei.
Patética é a vida que queremos levar,
Querer girar o mundo sem sair do lugar,
Não pretendo agora vir me desculpar,
Só um suspiro profundo para me desvencilhar
Deste mundo patético aonde vim existir,
Ser poeta ou não, sem você permitir.
Chegar quando quiser, para em seguida partir,
Meu desdito, minha mão, seja o que for, deixa vir.
Sendo assim, cada crítica insana,
Que não ousa dizer o dia da semana,
Falar coisas que podem soar tão bacana,
Melhor desaparecer, exilar-se em Havana.
Para que mais patético, seu moço,
Não assinar o nome, destruir sem esforço.
Se você estiver no mais profundo poço,
Frio medo e fome, teu impropério é o que ouço.
Marco Antonio Cardoso
|
|