Agosto, quem diz do gosto acre.;
Tão desgostoso é teu mês,
Que perco o tempo da data.;
Não conto ou vivo teus dias,
Pois, este ‘a’ na frente do sabor,
Para mim indica forte dor,
Sem surpresas ou alegria.;
Todo ano, nos dias do mês citado,
Vai um ente querido ou conhecido,
Converter-se em ser encantado,
A lembrança computada,
Soma a fria data, que tem,
O gosto de nada.
Há gosto?
Embora teu nome lembre,
Magnífica e pura paz.;
É com franqueza que digo,
Augusto, não me incomodo,
Se teu mês não existir mais.
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