LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->aluísio,meu pobre Aluísio -- 17/09/2003 - 01:36 (maria da graça ferraz) |
|
|
| |
Aluísio, meu pobre Aluísio!
gracias a la vida
( m dagraça ferraz)
Pois tudo de mais nobre
e de mais caro que possuímos,
está ali, naquela jarra inútil,
no canto, abandonada,Aluísio
E tu gritas e gritas agora
para que eu a jogue fora?
Naquela jarra, simples e clara,
tudo cabe :
a verdade de que fugimos ,
os milagres que não nos consentimos,
as tuas mentiras do dia-dia,
esta tua família esnobe,
o mundo pobre em que vivemos,
o amor sublime que perdemos
Meu querido Aluísio!
Tudo em nossa vida
foi previsível e contabilizado,
exceto aquela jarra abandonada-
brinde ganho numa feira,
na barraca de tiro ao alvo,
que não coube na lixeira,lembras?
A jarra é a única matéria pura
nesta nossa casa.
Não nos custou nenhum dinheiro!
É tudo que possuímos! Tudo!
O resto nos possui. Os carros.
A fazenda. O gado.A mobília cara.
Mas a jarra nos escolheu. Deu-se
de forma absoluta e definitiva!
Existe nela
uma força inquietante e insuspeitada
Como se uma beleza
fosse arrebentá-la de repente!
" O amor" - " O amor"
Que eu tanto quis
Que tu tanto desdenhas
Que às escondidas nos sustenta
O que nos torna ricos
e dignos, Aluísio : " É a jarra! "
Que transforma água em vinho
O único motivo. O rito.
Sem ela, o que somos?
Espanto, solidão e pompa!
Apenas isto!
|
|