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Poesias-->Avatara -- 31/08/2003 - 20:28 (José Ricardo da Hora Vidal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Vida que vem, vida que vai,

vida que segue sem volta

como semente de suave revolta

que sonha, frutifica e de madura, cai.



Vida errante que gira sem demora,

vida alada que vivi e já sonhei

— lembranças antigas de um velho rei

ou dos magos celtas da jovem aurora.



Vida que fui antes um sheik no deserto,

albornoz ao vento - forte palmeira

no oásis de Bagdad, Sanah ou Leira.;

Beduíno guerreiro - fui mestre experto.



Noutra vida, fui um chino mandarim,

fui senhor das ciências e da natureza.

Tive brocados de seda, de rara beleza,

Meng-tzu e Bashô foram amigos de mim.



Uma vez fui infeliz, valoroso e nobre cruzado.

Por amor à Cristo, nas portas de Jerusalém

sacrifiquei-me, na esperança de viver no celeste Éden

enquanto cavaleiros aspiravam terrenos ducados.



Avatar de várias e velhas vidas,

não sei se tomo o venenoso cálix

ou poeta - sigo a nova práxi

de curar com vinho minhas feridas.



Nas sombras, se partir na jornada

eterna, voltar devo para novo despertar.

Ou partindo eu na luz, rápido chegar

Irei ao Nirvana, sem mais paradas.



Em minhas vidas, conheci as musas

de todas as épocas: a quente sevilhana,

da judia e da árabe. O beijo da romana

e da gueixa provei, os olhos da lusa.



Não sei mais o que fui ou que serei.

Se nasci fotógrafo, jovem e poeta,

Posso nascer camponês, médico ou profeta.;

louco, inventor, pastor, soldado ou rei.



Minha senda sigo, como peregrino

a esperar chegar meu fatal negro dia.

E assim, novamente, recomeçar eu iria

minha jornada por outros e novos caminhos.

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