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Poesias-->ad absurdum -- 24/08/2003 - 03:12 (maria da graça ferraz) |
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Ad absurdum
gracia scripto
É como ser lançado
numa sala circular
Sem portas. Sem janelas
Paredes. chão. Teto.
Brancos. Lisos.Encerados
À penumbra clara
E saber que tu deves
procurar algo
Algo que ali tu perdeste
E tu te desesperas,
gritas, tateias,
clamas , em vão,
em vão, clamas
Quando, de repente,
tu descobres
o centro da sala
E para lá tu segues
Enlouquecido
Sem forças
Quase entregue
E tu achas...
Nenhuma riqueza
Nada tangível
Mas tu achas O PONTO
Tu achas a própria sala
Tu achas a ti
A partir daí,
tudo que te disserem,
tu simples simploriamente ris
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