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| Poesias-->Nunca Mais -- 08/08/2003 - 10:48 (José Ernesto Kappel) |
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E me chamam de sombra esmaecida,
e lá me chamam de homem sem dono.
E me chamam de vida devagar.
E me outorgam a palidez dos sós.
E me chamam de espera,
de navio embriagado
pela tormenta.
E me chamam de rei
de rainha fugida.
Mas não sou de ligar.
Tenho uma janela de ver,
uma escada de subir
e um álbum de tempo
onde você escreve:
Tempo do tempo
jamais esquecerei este homem.
Mas tempo dos ingratos:
ela se foi rosa e branca
para o colo de outro reino,
e me deixou lascas de
nunca mais.
E,na minha vida,
o nunca mais se fez vida ! |
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