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Poesias-->queimadas verdeamarelas -- 04/08/2003 - 00:10 (maria da graça ferraz) |
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Queimadas verdes-amarelas
gracia scripto
A paisagem está devastada
Abri meu guarda-chuva
como se ele fosse uma árvore portátil
Esperança de brasileiro
não é nada fácil não!
Só se mantém às custas
de muita imaginação
A lei é seca. Dura luta bruta!
E os guarda- chuvas,
como máscaras de deuses,
dormem, nos braços,
com um bocejo abafado
E o corpo sua. E o olho chora
Tipo de protesto ecológico
Água. Ética. Justiça. Vida.
No céu, a nuvem fraca,
irrisória, espreguiça, tira sesta,
e gavião voa baixo
Brasa Brasil Brasa
Assopra que a dor passa!
Fecho o guarda-chuva
Levanto âncoras
E sigo pelas areias
como um navio de cinzas
Sou brasileira, sim
Professora. Parteira.Poeta.E daí?
Tipo de gente que governo
pega, mata e queima
porque se vender,
não se vende barato não
Paisagens desérticas!
Após os "vermelhos",
o que restarão do verde,
do azul e do amarelo?
Uma nova quaresma?
Ou esta gente mesma
Ou este ôvo choco
Ou o "engana povo"
Ou o "cala boca"
Ahhhh terra da promissão!
Canaã perdida dentro do coração!
Irmão, coragem, o caminho
é longo ainda para a nova civilização
Mas um dia, ouvirás
o brado grito retumbante
das outras margens do ipiranga
A vitória! A sarça ardente!
O FOGO AZUL
BRASIL meu brasil valente!!!
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