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Poesias-->Não Matarás -- 03/08/2003 - 17:16 (MARIA PETRONILHO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Agarrou-se à arma

como se a um crucifixo.

O padre benzeu-o:

- Vai, meu filho!





Palavras não eram ditas

vieram as asas de prata

com soldados a tremer nas barrigas

(já ouviam as balas!

Sentiam-nas

como a verdadeiras f ridas!)





Na fita negra das pistas

aterraram as águias.





Aconchegaram as bandoleiras

cruzadas

sobre o peito das fardas

e saíram para a arena.







- Em Frente, Marche!





Marcharam em dinossauros de ferro.

Arrasaram com as lagartas, aldeias.

Estriparam cidades inteiras







sangue

sangue negro e gritos...







- Vai, meu filho!







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