LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->punhos de renda -- 03/08/2003 - 16:37 (MARIA PETRONILHO) |
|
|
| |
ah a facada
sempre espetada
gume ao alto
erguida
dos punhos de renda
os dentes
a remoer
golpes sem fim
na mesma
ferida
o chilique da senhora
na hora na certa
cai no sofá de pele
geme e se rebola
o carrasco
treme
muna facada
de pena
uma e outra vez
lhe acerta
com tanta
pena
levanta
a cabeça
logo lha afoga
que pena
Há que dar o
status
de família bem
posta
e lá vão
de rojo
saem da porta
do palácio
de barro
com carros reluzindo
da porta da oficina
que im-porta
que
importa
e vão de
amarelo
mas sorriso
que se lhes veja
apontada às costelas
de tanto
medo,
a faca
presente
mas escondida
e viva a pobreza
ó culta
ó podre e velha
burguesia!
ai de quem veja!
ai do que pena
ai do que se deixa
ficar no sofoco de uns punhos de renda
com uma faca calada
nos punhos
de renda
roxa
11/12/2002
|
|