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Poesias-->ÊXTASE -- 02/08/2003 - 22:23 (Luiza Mohaupt) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Noite solene que vagueia a mente,

Vem docemente, vagamente...

Vem com teu manto negro e,

Com tuas brancas plumas.

Vem silenciosa, invade-me

Com as tuas estrelas brilhantes,

Como um carnaval de lantejoulas.

Veste-me com teu manto de sabedoria,

Como um mar de rosas que enfeitiça

Todo o meu sonhar e brincar.



Noite, traz contigo teus afagos,

Traz tua luz mesmo ofuscada.

Deita em mim os teus raios,

Que a lua companheira te faz.

Silencioso é o universo no instante.

Vem como uma mãe que cuida.

Abre tuas asas do todo infinito.

Abraça-me com a tua esplendência.

Beija-me com os piscar das tuas estrelas.

Cuida-me, como quem cuida d um filho teu.



Nesse aconchego que tu me acalentas,

Sinto o abandono daquele que parte.

Esse espaço tu me preenches

Com teus abraços e beijos que me afagam.

O vazio aparente que meu corpo sente,

Conhece a tua mão invisível e quente.

Tu abres o meu coração levemente

E entra a brisa suavemente,

Afagando, embalando, amando...

Sinto o calor de mansinho cobrindo o meu peito.



Penso que sozinha estou, não mais estou.

Com toda a doçura do teu infinito,

Mesmo de amarguras a quem tu abraças.

Respiras afeição e me acalenta.

Sou-te grata da tua imagem inspirada.

Noite que surge devagarzinho - à tardinha,

Tão de mansinho é o teu caminhar,

Que mesmo na densa escuridão os meus olhos te vêem.

Respiro o teu ar, sinto-me com paz.

Silenciosa tu és, toda a imagem de um sonhar.



Todos o meus soluços que aqui deixei,

Todas as dores que te compartilhei,

Não são mais dores.; são amores.

Nas noites não dormidas te olhei

E, pude sentir o refrescar do anoitecer.

Ver passar a escuridão até o sol nascer.

E assim, poder abraçar os amanhãs.

Acolher o brilho do sol nos meus olhos

E, juntos com o todo infinito,

perceber a beleza que é amar.



Abro os meus braços e te abraço.

Sinto os nossos corpos unidos, emaranhados.

Sinto o êxtase do amor que surge.

Vivo momentos de doçura, saciando

A fome que atormenta a alma.

Parto contigo e tudo esqueço.

Questionamentos? Não. Hoje vou sonhar.

O eterno e a beleza dos sonhos.

Meu coração repleto de saudades,

De todos os lugares que andei.



Lembranças que contigo divido,

Olho o teu azul estrelado com

Chumaços brancos a navegar,

Formando imagens de sonhos

Que partem pela estrada sem caminho.

Sonhos que se perdem - recriam.

Ando contigo, vejo paisagens.

Tantas foram vistas e sentidas.

Sensações que meu coração mergulhou.

Noite, tua penumbra me acolhe.



Tu pareces viver na sombra,

Mas tua companheira lua aparece,

Como quem não quer nada, lá está.

Aparece em algum lugar.

A vida te ilumina, faz de ti a privilegiada.

Teus luares - mudam face a face.

Tuas estrelas piscam se anunciando.

Tens até o sol que transforma a tua face.

Teu brilho surge, emanando energias,

E a noite chega para acalmar o fim do dia.



Aqui tens a minha mão,

Estendo-te e peço-te gratidão.

Caminho por esse mundo a fora,

Repleto se sensanções, emoções...

Vou vivendo os encontros - desencontros.

E assim, não sei dizer se a vida é pouca,

Ou se preciso viver mais ou sonhar mais.

Por mais que tudo me chegue,

Encontro ausências de amanhãs.

Então busco na noite a magia do mistério.



Encontrar-te é uma benção de Deus.

Desejo aventurar-me em teu conforto.

Encontrar nele o poder de dormir,

O sono carregado de desilusões.

O sono cansado de emoções.

Noite! Contigo posso sentir teu viço.

E quando tu partes, posso despertar-me.

Encontro um amanhã a iluminar-me.

A vida se transforma em quantos amanhãs?

Enquanto meus olhos puderem piscar.







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