Valsas no rocio
Cristina Pires
22/07/2003
A água escorre sem fado por rios sinuosos !
Pára aqui...pára acolá ! Repousa em caudais,
Arrancando, por momentos, uns breves ais...
Das flores que dormem em sonhos poderosos !
Desperta a razão, no cair da chuva nos cristais,
Envolta num manto de rocio matinal.
Olhares lânguidos, fôlego animal...
Desejos turvos em mortalhas Saturnais !
Cascatas frias de sentimentos perdidos...
Em gotas suaves de corações feridos,
Ficam os corpos ao embalo das ondas,
Perdidos nas fontes da eterna juventude.
Depois da tempestade chega a quietude,
Em ritmos delicados de valsas...ou rondas!
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